Endocrinologista e Metabologista

Especialista concursado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia RQE Nº 8187. Residência Médica pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro.





Diabetes

Se você tem excesso de peso, parentes com diabetes, hipertensão ou alterações da gordura no sangue, procure um endocrinologista. O tratamento com endocrinologista é o melhor caminho para evitar complicações futuras.





Tireóide

As doenças da Tireóide podem causar sintomas por causa do aumento ou da redução do seu funcionamento. Em outras situações podem haver sintomas por alterações no tamanho ou formato da Tireóide, como dificuldade de engolir e desconforto cervical.

Por que a resolução da ANVISA em proibir os implantes hormonais manipulados é adequada?


Na última semana, a ANVISA tomou a decisão de suspender, por tempo indeterminado, a prescrição, manipulação, comercialização, propaganda e aplicação de implantes hormonais manipulados, em resposta ao pedido de 34 sociedades médicas, que já vinham expressando preocupações sobre o crescimento dessa prática e os efeitos adversos associados cada vez mais evidentes e frequentes. A decisão foi influenciada pelo registro de eventos adversos na plataforma VIGICOM HORMÔNIOS, criada com o objetivo de monitorar e prevenir o uso inadequado de hormônios.


O uso de implantes hormonais manipulados ainda carece de evidências científicas consistentes que provem sua eficácia e segurança. Para qualquer medicação ser considerada válida, é necessário que haja ensaios clínicos randomizados e controlados que mostrem um perfil de risco benefício favorável. No caso dos implantes hormonais manipulados, tais estudos ainda não existem. Basear-se em estudos antigos, retrospectivos e com metodologia inadequada não é suficiente para justificar a prescrição dessa prática. É por isso que esta decisão da ANVISA é mais do que bem-vinda, correta e pertinente. Ademais, é fundamental que qualquer proposta terapêutica seja acompanhada de provas claras de sua segurança. Não é razoável exigir que as sociedades médicas, preocupadas com uma prática não suficientemente estudada, provem que ela é prejudicial. O ônus da prova deve ser de quem propõe a intervenção. Se estudos adequados forem realizados e comprovarem que a prática é segura e eficaz, certamente não haverá oposição a ela.


Não válido justificar a prática com base em outros tratamentos comprovadamente eficazes que utilizam implantes subcutâneos. A via e a forma de administração de uma medicação influenciam diretamente em seu efeito, não seno possível estender os resultados de um tipo de implante para outro sem a devida comprovação científica para cada caso específico. Os implantes hormonais frequentemente contêm uma combinação de diversos hormônios, sem que se saiba com precisão os efeitos dessa mistura e não vêm com bula detalhada, indicando dosagem ou tempo de duração comprovado do efeito.


Quando ocorrem as complicações, endocrinologistas e outros especialistas ficam sem embasamento sobre como proceder nessas situações, pela falta das informações confiáveis. É importante, também, afastar a desinformação que mulheres com endometriose ou sintomas da menopausa ficarão sem tratamento devido a essa suspensão. Isso não é verdade, pois existem muitas outras opções de tratamento eficazes e seguras para essas condições, todas com respaldo científico. Não faz sentido substituir uma terapia bem estudada e comprovada por uma que ainda carece de evidências robustas. Essa decisão representa uma vitória para a saúde pública, pois nenhuma intervenção médica deve ser desprovida de regulamentação e de monitoramento contínuo.


As farmácias de manipulação não podem produzir tratamentos sem a devida fiscalização, e médicos não podem tratar seus pacientes como cobaias baseados em experiências pessoais ou suposições. A medicina deve ser conduzida com ética, responsabilidade e ciência. Nessa mesma linha, o conselho Federal de Medicina já havia proibido o uso de esteroides androgênicos (Testosterona e seus derivados) e anabolizantes com a finalidade estética, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo, desde 2023


Fonte: Conselho Federal de Medicina

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